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Teoria Atômica: O início.

Há muito o seres humanos tentam explicar o que os cerca e qual a essência das coisas. Aqui nesse postagem quero falar sobre as teorias/modelos atômicos e toda a história até chegar ao ponto crucial do primeiro modelo atômico em 1808, elaborado por John Dalton.
Empédocles (495 a.C. - 430 a.C.) propõe que tudo que há é baseado nos 4 elementos fundamentais: Fogo, Água, Terra e Ar. A sua dedução pode ter vindo da observação de combustão de madeira, por exemplo: A combustão completa gera CO2 (dióxido de carbono) e água (H2O), as cinzas se depositam no chão e o fogo só é possível se houver algum combustível (sólidos, líquidos, gasosos).


 

Após isso, Aristóteles (Estagira, 384 a.C. — Atenas, 322 a.C.) propõe que a teoria de Empédocles está correta, entretanto, há um 5ª elemento denominado de "Éter". 
Os mais distintos foram os pré-socráticos da famosa e ilustre "Escola Atomística". Leucipo (séc. V) e Demócrito (460 a.C. - 370 a.C.), deduziram que dividindo-se a matéria por diversas vezes, chegaríamos em várias partículas indivisíveis e eternas. Todavia, por motivos óbvios, não se pôde provar a existência dessas partículas e tudo ficou em metafísica. As ideias que mais perduraram e foram "abraçadas" pela igreja foram as de Aristóteles, por pouco mais de 1000 anos ininterruptos.  
Com a chegada da Idade Média, período que se compreende entre o séc. V d.C. ao séc. XV d.C., o advento da Alquimia traz novo fôlego para o espírito filosófico-científico. Entretanto, a Alquimia não tinha uma visão puramente científica, existia muito misticismo que circundava tudo os que os alquimistas faziam, o que, de certa forma, faziam com que fossem taxados de bruxos pelos mais ignorantes. 
Dentre os mais famosos estão: Paracelsus, Nicolau Flamel e Agrippa.

Paracelso, fonte e data desconhecida.


Toda essa áurea mística começará a ter seu fim pronunciado, quando no final do séc. XVII surgem novos cientistas ansiosos por mais ciência e menos misticismo. Um responsável extremamente importante para isso é o químico, físico e filósofo Robert Boyle (Lismore, Waterford, 25 de janeiro de 1627 — Londres, 31 de dezembro de 1691). 
A partir do Robert Boyle o corpuscularismo ganha força. Corpuscularismo nada mais é do que afirmar que a matéria é feita de conglomerados de moléculas (corpúsculos). Além disso, é notado por feitos como descoberta dacetona, o isolamento do hidrogênio, a prova que o ar é uma mistura e outros feitos ainda maiores. 

Robert Boyle, fonte e data desconhecida.


Durante o século XVIII d.C, o químico e nobre francês Antoine-Laurent de Lavoisier (Paris26 de agosto de 1743 — Paris, 8 de maio de 1794), marcou a química de maneira mais que significativa. A partir do livro Traité élémentaire de chimie (tratado elementar de química) que é o primeiro livro-texto de Química do mundo, ele ocasionou uma ruptura definitiva entre a Alquimia e toda "áurea" espiritualista ligada a mesma, desmentindo, até mesmo a teoria do Flogisto. A teoria do Flogisto foi derrubada com a descoberta acidental do oxigênio (O₂) por Joseph Priestley e a partir de experimentações, Lavoisier apontou como o princípio ativo da atmosfera e o batizou de oxigênio. 


Antoine-Laurent de Lavoisier e Marie-Anne Pierrette Paulze, fonte e data desconhecida.


Obs.: Trazia também 33 elementos definidos pelo próprio Lavoisier. Outra coisa que se deve considerar é a ajuda da esposa do Lavoisier, Marie-Anne Pierrette Paulze (Montbrison, 20 de janeiro de 1758 — Paris, 10 de fevereiro de 1836) no processo e averiguação de dados.

Com o final do século XVIII d.C., temos por fim a primeira teoria atômica definitiva, baseada em comprovações analíticas e experimentais do químico, meteorologista e físico: John Dalton (Eaglesfield, 6 de setembro de 1766 — Manchester, 27 de julho de 1844). A partir dele temos a primeira teoria atômica, que com toda os conhecimentos absorvidos e com base nos preceitos das leis ponderais, abriu as portas para um nova fase no campo científico-químico. 
Em 1803 deu o pontapé inicial para a teoria atômica. Estudando a reação do óxido nítrico com o oxigênio descobriu que poderia acontecer em duas proporções diferentes: às vezes 1: 1,7 e outras 1; 3,4 (isso em peso, lógico). Isso o levou a desenvolver a lei das proporções múltiplas. A lei diz o seguinte: "Se em uma reação química dois ou mais elementos são combinados e o peso de um deles é mantido constante, o peso dos outros varia de acordo com relações simples expressáveis ​​em múltiplos inteiros...".¹


John Dalton (retrato de Thomas Phillips, 1835)



Referências bibliográficas: 


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